OS PLANETAS DO SISTEMA SOLAR | ||||||||||||||
O nosso Sol é uma estrela de dimensão média, situada a meio de um dos braços espiralados da galáxia a que chamamos Via Láctea. Esta imagem foi obtida durante o eclipse solar de 21 de Junho de 2001. (Foto: Consórcio EIT ESA/NASA) | |
| ||||||||||||
| Mercúrio – Por se mover mais rapidamente nos céus do que qualquer dos seus vizinhos, tem o nome do mensageiro dos deuses romanos. Mercúrio é bastante difícil de observar. Sendo invisível à noite, por se encontrar demasiado próximo do Sol, só é possível avistá-lo ao crepúsculo ou à alvorada. Contudo, para isso, os telescópios têm de ser apontados quase paralelamente à linha do horizonte, através de uma espessura maior de atmosfera terrestre, o que torna as imagens bastante desfocadas. Apesar de o seu período de revolução em torno do Sol ser o mais rápido do Sistema Solar (88 dias), o seu período de rotação é o mais lento (o planeta roda sobre si mesmo apenas uma vez e meia em cada órbita, o que significa que um ano não chega a ter dois dias mercurianos). No início da década de 1960, a sonda Mariner 10 passou perto de Mercúrio, tendo revelado um planeta muito parecido com a Lua terrestre. Apesar das temperaturas elevadíssimas aí registadas, os cientistas crêem ser possível que exista água em Mercúrio, no fundo de algumas crateras do seu pólo setentrional que nunca recebem a luz solar. | |||||||||||||
Vénus – O astro mais brilhante no firmamento terrestre, à excepção da Lua, recebeu o nome da deusa romana do amor. Outras civilizações baptizaram-no igualmente com os nomes de divindades do amor ou da guerra. Semelhante à Terra em tamanho, massa, densidade e volume, é rodeado por uma atmosfera composta principalmente por dióxido de carbono, encontrando-se envolto num espesso manto de nuvens de ácido sulfúrico, gerador de um efeito de estufa tal que a temperatura à sua superfície é superior à de Mercúrio, que se encontra muito mais próximo do Sol. Vénus encontra-se também repleto de vulcões activos (430 deles apresentam crateras com mais de 19 quilómetros de diâmetro), motivo pelo qual mais de 4/5 do planeta estão cobertos por lava e outros materiais vulcânicos. Uma das curiosidades que apresenta é o seu movimento de rotação ser retrógrado (de Leste para Oeste). Outra é o facto de, em Vénus, um dia ser maior que um ano. | ||||||||||||||
|
| |||||||||||||
Ao lado, Marte: o planeta, visto a 5,5 milhões de quilómetros (Foto: ESA); o Monte Olimpo, o vulcão mais alto (25 quilómetros) de todo o Sistema Solar (Foto: USGS/NASA) e pormenor da sua caldeira (Foto: ESA). | | |||||||||||||
Marte – Recebeu dos Romanos o nome do deus da guerra (o mesmo fizeram Gregos e Sumérios), devido à sua cor avermelhada, que lembra o sangue derramado em combate. Também os Egípcios o designaram de acordo com este critério («Her Desher», o vermelho). A cor de Marte é devida às poeiras de óxido de ferro que o cobrem quase por inteiro. O planeta apresenta-se árido e extremamente ventoso, sendo rodeado por uma atmosfera com cerca de 160 quilómetros de espessura, composta sobretudo por dióxido de carbono (95%) e azoto (3%). Nos pólos, Marte exibe calotas de gelo (é visível a expansão e contracção da sua calota setentrional consoante as estações) e suspeita-se de que haja abundantes reservatórios de água gelada abaixo da superfície. Muitos estão convictos de que os desfiladeiros e canais que sulcam o planeta foram escavados pelas águas, numa altura em que este se apresentava quente e húmido. Nesse período terão também existido importantes fontes termais, semelhantes às que encontramos hoje na Terra e, tal como nestas, alguns cientistas acalentam esperanças de encontrar aí lamas secas contendo bactérias fossilizadas. No início de 2004 pousaram no Planeta Vermelho as sondas-robots Spirit e Opportunity, que enviaram imagens a partir do solo marciano com uma qualidade até então nunca conseguida. Os dados recolhidos permitem aprofundar enormemente os conhecimentos acerca do planeta e esclarecer inúmeras questões relacionadas com a possibilidade de albergar vida. As duas luas de Marte, descobertas por Hall em 1877, foram designadas Phobos e Deimos (nomes dos cavalos que puxavam a quadriga de Marte). O sistema marciano conta ainda vários outros asteróides, tendo alguns deles sido já visitados por engenhos espaciais. | ||||||||||||||
Diâmetro: 142.800 quilómetros Distância ao Sol: 778 milhões de quilómetros Revolução: 11,86 anos Rotação: 9,9 horas Temperatura à superfície: -149º C (nas nuvens superiores) Satélites principais: luas Io, Europa, Ganimendes e Calisto | Júpiter – O maior planeta do Sistema Solar, recebeu por isso o nome do principal deus do panteão romano (equivalente ao Zeus grego). O sistema joviano inclui 16 luas, todas baptizadas com os nomes de amantes e descendentes de Júpiter/Zeus. Io, Europa, Ganimedes e Calisto foram as primeiras a ser avistadas, em 1610, por Galileu. Os restantes satélites só foram assinalados a partir de finais do século XIX, e continuam ainda a ser acrescentados novos elementos ao grupo. Júpiter é o primeiro planeta gasoso a contar do Sol, sendo formado principalmente por hidrogénio e hélio. Não apresenta qualquer superfície sólida e a aparência das manchas de cor que nele são visíveis pode alterar-se completamente numa questão de horas, devido a ventos violentíssimos. Por vezes são detectados enormes relâmpagos através das suas nuvens e julga-se que a característica mancha vermelha que se desloca ao longo do equador joviano seja uma enorme tempestade, que dura há pelo menos 3 séculos. | |||||||||||||
Ao lado: Imagem de Saturno onde sobressaem os seus conhecidos anéis (Foto: NASA e Hubble Heritage Team – STScI/AURA) e visão artística da sonda Huygens na lua Titã (Ilustração: ESA / D. Ducros). | | |||||||||||||
Diâmetro: 120.000 quilómetros Distância ao Sol: 1.427 milhões de quilómetros Revolução: 29,5 anos; Período de rotação: 10 horas e 14 minutos; Temperatura à superfície: -178º C (nas nuvens superiores) Satélites principais: luas Janus, Epimeteus, Enceladus, Dione, Titã e Iapetus | Saturno – Devido aos seus anéis é talvez um dos planetas mais conhecidos, sendo o mais afastado da Terra que é possível observar a olho nu. O seu nome é o do pai de Júpiter e os dos seus satélites correspondem aos dos mitológicos Titãs, irmãos e irmãs de Saturno (o Cronos grego). Apesar de ser o segundo maior planeta, Saturno tem um período de rotação bastante rápido (que causa um ligeiro achatamento dos pólos), sendo também assolado por ventos fortíssimos e o único com uma densidade inferior à da água. Inicialmente, julgou-se que o seu sistema de anéis era exclusivo, mas sabe-se hoje que todos os gigantes gasosos os possuem. As suas luas começaram a ser descobertas a partir do século XVII. A primeira foi Titã, observada em 1655 por Huygens, que lhe chamou inicialmente Luna Saturni. Em 1671 Cassini descobre Iapetus, um ano depois Rhea e, em 1684, Tethys e Dione. Em 1789 é a vez de Herschel avistar Mimas e Enceladus. Os restantes satélites seriam descobertos a partir de meados do século XIX. | |||||||||||||
Diâmetro: 51.100 quilómetros Distância ao Sol: 2,9 mil milhões de quilómetros Revolução: 84 anos Período de rotação: 17,2 horas Temperatura à superfície: -183º C (nas nuvens superiores) Satélites principais: luas Miranda, Ariel, Titânia, Oberon | Úrano – É outro dos planetas que possui o seu próprio sistema. Foi avistado por Herschel em 1781, e definitivamente baptizado nesse mesmo ano por Johann Bode, que lhe atribuiu o nome do pai de Saturno. Tinha já sido observado por vários astrónomos, mas estes haviam considerado erradamente que se tratava de uma estrela. Talvez a característica mais original do terceiro dos gigantes gasosos seja o alinhamento do seu eixo de rotação (98º), já que, em certas posições, este se encontra apontado para o Sol. Julga-se que tal será devido a uma antiga colisão com um objecto de enormes dimensões. A cor verde-azulada que o planeta reflecte deve-se ao elevado teor de metano da sua alta atmosfera. Tal como Vénus, o seu movimento de rotação é de Leste para Oeste. Conhecem-se-lhe 18 luas. Os membros que compõem o sistema uraniano têm nomes de personagens das peças de William Shakespeare e de Alexander Pope. | |||||||||||||
Diâmetro: 51.100 quilómetros Distância ao Sol: 4,5 mil milhões de quilómetros Revolução: 164 anos Período de rotação: 17,2 horas Temperatura à superfície: -200º C (nas nuvens superiores). Satélites principais: luas Tritão, Galateia, Proteu e Nereide | Neptuno – É o último dos planetas gigantes gasosos. Antes de ser descoberto por Galle em 1846, a sua existência tinha já sido prevista matematicamente por John Couch Adams e Urbain Le Verrier, os quais, de forma independente, a haviam deduzido a partir da análise de irregularidades na órbita de Úrano, que é afectada por Neptuno. Galle pretendeu baptizar o planeta em homenagem a Le Verrier (Adams nunca chegou a publicar os seus resultados), mas tal não foi aceite, tendo finalmente sido escolhido o nome do deus romano dos oceanos (equivalente ao Poseidon grego). Do mesmo modo, os seus satélites têm nomes associados a mitos greco-romanos de algum modo relacionados com Neptuno/Poseidon ou com o mar. A primeira das luas de Neptuno a ser descoberta também em 1846, por Lassel, foi Tritão. As restantes só o seriam a partir de meados do século XX. É em Neptuno que se registam os ventos mais fortes de todo o Sistema Solar – 2.000 km/hora numa zona escura persistente, semelhante à Grande Mancha Vermelha de Júpiter. O seu núcleo é constituído por rocha fundida, água, amónia líquida e metano, envoltos por uma camada de hélio, água e metano. É usualmente considerado o oitavo planeta mais próximo do Sol, mas tal nem sempre é verdade. De facto, a órbita elíptica de Plutão coloca-o por vezes mais perto do Sol do que Neptuno, embora os trajectos dos dois planetas nunca se cruzem. | |||||||||||||
| Plutão – O nono planeta do Sistema Solar recebeu o nome do deus grego das profundezas, que conseguia tornar-se invisível, e foi descoberto em 1930, por Tombaugh. Tal como Neptuno, a sua existência fora prevista, desta feita por Percival Lowell e William Pickering. Mas, logo a partir dessa altura, a sua classificação – como planeta ou como um asteróide errante – levantou controvérsia, a começar pelas suas dimensões modestas (na verdade, Plutão é mais pequeno do que sete das luas até agora conhecidas). A sua atmosfera é extremamente fina e, quando o planeta se encontra mais longe do Sol, esta congela, caindo sobre a superfície. Tal como Úrano, o seu eixo é bastante inclinado e julga-se que a sua rotação seja também em sentido retrógrado. Em cada órbita completa (248 anos), Plutão fica mais próximo do Sol do que Neptuno durante aproximadamente 20 anos. Tem igualmente uma lua, descoberta por Christy em 1978 e baptizada com o nome de Charon, o barqueiro mitológico que atravessava o rio Styx transportando as almas dos mortos para Plutão, a fim de serem julgadas... | |||||||||||||
Sedna – Foi pela primeira vez detectado em Novembro de 2003 a partir do Observatório de Monte Palomar, tendo a descoberta sido posteriormente confirmada por dados recebidos a partir dos telescópios espaciais Spitzer e Hubble. Pouco se sabe ainda deste corpo celeste, com um diâmetro estimado entre 1.180 e 2.360 quilómetros e com uma temperatura à superfície de -240º C. Supõe-se que seja originário de uma região situada para lá de Neptuno, designada por Cintura de Kuiper, onde se encontram numerosos objectos, na sua maioria compostos por rocha e gelo e com dimensões modestas, embora alguns possam equiparar-se a Plutão, tendo mesmo nos últimos anos aí sido detectados alguns de tamanho considerável – Quaoar, (com 1.200 quilómetros de diâmetro, descoberto em 2002), Ixion (1.065 quilómetros, em 2001) e Varuna (900 quilómetros, em 2000); em Fevereiro de 2004, foi detectado o objecto 2004DW, que se julga ter 1.800 quilómetros de diâmetro – e os astrónomos acreditam que ainda restam muitos outros por descobrir. Alguns cientistas preferem descrever Sedna como um planetóide (algo entre um planeta e um asteróide), o que não impede que tenha a sua própria lua, de cuja existência se suspeita, embora falte confirmá-lo.texto original: http://www.revista-temas.com/contacto/NewFiles/Contacto14.html |
Nós,alunas do Colégio Estadual Pré-Vestibular de Itaberaí estamos criando este blog para despertar a curiosidade das pessoas nos minímos detalhes da física, mostrando onde ela está presente.Esse trabalho conta com o apoio da professora Alice.Sejam bem-vindos!Abadia e Edna.
Postagens populares
-
O ciclo da água (conhecido cientificamente como o ciclo hidrológico ) refere-se à troca contínua de água na hidrosfera , entre a atmosfe...
-
A reciclagem é o termo geralmente utilizado para designar o reaproveitamento de materiais beneficiados como matéria-prima para um novo prod...
-
As fontes de energia são extremamente importantes nas atividades humanas, pois originam combustíveis e eletricidade que servem para i...
-
Meteoros vs. Meteoritos Dá-se a queda de um meteoro quando poeiras do Sistema Solar entram na atmosfera terrestre...
-
Usina Termoelétrica ou Usina Termelétrica É uma instalação industrial usada para geração de energia elétrica/eletricidade a partir da ener...
-
Classificação Massas Formação Colisões Quasares Ativas Galáxias A descoberta das galáxias Por volta do século...
-
Física médica (ou Física em medicina ) é o uso dos conhecimentos da física para a medicina . Geralmente, sua aplicação é utilizada para im...
-
Na manhã de 26 de abril de 1986, como resultado de uma série de falhas de engenharia e controle, ocorreu um superaquecimento do reator númer...
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Planetas que compõem o sstema solar
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário