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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Asteróides




Figura: O Cinturão de Asteróides entre as órbitas de Marte e de Júpiter


Figura: Comparando os tamanhos dos asteróides com o planeta Marte. O núnero a frente do nome do asteróide indica a ordem de descoberta. Uma observação particular refere-se a Ceres que em agosto de 2006 ele passou a ser classificado como um planeta, planeta anão e planeta exterior.



Origem


A Lei de Titus-Bode (1766)

Estabeleceu-se no século XVIII uma relação empírica que nos fornece aproximadamente as distâncias dos planetas ao Sol. Essa relação foi difundida pelo astrônomo alemão Johann Daniel Titus (1725-1796) na tradução da obra Completation de la Nature de C. Bonnet para o alemào. Nela continha a lei de Bode desenvolvida por Johann Elert Bode (1747-1826). Ambos, Titius e Bode,  trabalhando em colaboração, aperfeiçoaram a relação hoje conhecida como a Lei de Títus-Bode:

a = Unidade Astronômica (UA)
Distância da Terra ao Sol = 1 UA


Planeta
n
a
Distância Média Real
Mercúrio
 
0,4
0,39
Vênus
0
0,7
0,72
Terra
1
1,0
1,00
Marte
2
1,6
1,52
Ceres
3
2,8
2,77
Júpiter
4
5,2
5,20
Saturno
5
10,0
9,54
Urano
6
19,6
19,18
Netuno
 
-----
30,06
Plutão
7
38,8
39,52
Tabela: Resultados da Lei de Titius-Bode (1766)

A relação empírica não prêve o planeta Netuno, mas levantou suspeitas sobre a existência de objetos entre Marte e Júpiter. Suscitou a existência de mais dois obejtos além de Saturno.

O planeta Urano foi descoberto em 13 de março de 1781 por Willian Herschel e o nome Urano ao planeta deve-se a uma sugestão dada por Bode.

Voltando aos asteróides, com n=3 nós temos a=2,8 e em 1 de Janeiro de 1801 o siciliano Giuzeppe Piazzi descobriu um objeto -CERES-  entre Marte e Júpiter à distância de 2,77 unidades astronômicas do Sol e com um tamanho de 1000km de diâmetro. Um objeto muito pequeno para ser classificado como planeta naquela ocasião em 1801. Mas em agosto de 2006, uma nova definição dos objetos do Sistema Solar foi apresentada e Ceres passa a ser consisderado um planeta, um planeta anão e um planeta exterior.
 Após essa descoberta, muitos outros corpos pequenos foram descobertos e hoje ultrapassa a mais de 5000 asteróides entre Marte e Júpiter. A maior polêmica com relação a esses asteróides é quanto a sua origem. Duas são as principais teorias a esse respeito. A primeira, defende que foi um planeta, que por anomalias gravitacionais tenha se fragmentado e a segunda defende que esses pequenos objetos são resquícios da nebulosa que deu origem ao Sistema Solar e que não encontraram condições para se colapsarem e formar um planeta. Alguns dados obtidos até então favorecem a segunda teoria. O período médio de rotação é dez horas, porém com ampla variação de duas horas até vários dias. A densidade estimada é de cerca de 2g/cm3 . A forma dos asteróides é bem variada. Vão desde bem irregulares e disformes, elipsóides, cilindricos, até esféricos. Todos aqueles com tamanhos significativos detêm uma grande quantidade de crateras, pois são frequentes os choques entre eles, apesar da baixa densidade de partículas em relação ao espaço.


Sua Importância

Por muito tempo não foi dada a devida importância aos asteróides no que se refere às propriedades físicas e constituição. Só rescentemente é que se descobriu sua importância para a aquisição de informações que levam a saber sobre a origem e evolução do Sistema Solar. Para esse estudo é necessário a obtenção de suas dimensões. Como são objetos pequenos, as técnicas convencionais não são precisas. Daí desenvolveu-se outras técnicas baseadas na incidência e reflexão da luz sobre o objeto observado. Dessa maneira verificou-se que Palas e Vesta são os únicos com mais de 500 km e algumas dezenas que superam os 200 km de diâmetro.

É estimado hoje, com segurança, que a massa total de todos os asteróides não chega a meio milésimo da massa terrestre. Até 3,9x108 km do Sol predominam os asteróides à base de sílicatos e a distância maiores os asteróides mais frequentes são os cabonáceos. Existem em quantidades menores os asteróides heterogêneos.

Recentemente o asteróide 433 Eros foi visitado pela sonda exploratória NEAR  (12/02/2000) para coletar informações mais detalhadas sobre esses corpos pequenos do sistema solar. Sobre ele e a sonda veja a palestra Vizinhos da Terra proferida na Sessão Astronomia de 08/04/2000.
http://www.cdcc.usp.br/cda/aprendendo-basico/sistema-solar/asteroides.html

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